Teoria da Cor
Espectro de Luz Visível
Cores Primárias
Cores Secundárias
Círculo Cromático
Classificação das Cores
Sistemas de Cores
O olho, que é chamado de a janela da alma,
é o principal meio pelo qual a compreensão pode mais plena e abundantemente apreciar as infinitas obras da natureza.
(Leonardo Da Vinci)
Por que estudar a Teoria da Cor
Como designer, verá que cores impactam, passam sensações e são responsáveis por decisões. Por esse motivo, sugerimos a leitura dos itens seguintes:
Espectro de Luz Visível
Quando você joga uma pedra n'água, pode perceber a propagação de uma onda. De modo análogo, existem ondas que se propagam pelo espaço,
muitas não visíveis ao olho humano, chamadas de ondas eletromagnéticas.
São exemplos:
os Raios-X, ondas ultravioletas, o espectro de luz visível, ondas infravermelhas e faixas de radiofreqüência.
Na física, aprendemos a classificar essas ondas eletromagnéticas em função
do comprimento de onda, propriedade que fornece
uma das principais características da onda.
Uma faixa de comprimentos de onda nos interessa mais: a faixa do
espectro de luz visível.
Isso porque o espectro de luz visível pode assumir diversas cores, desde o violeta até o vermelho, em função do comprimento de onda:
- Vermelho: 630-780 µm
- Laranja: 590-630 µm
- Amarelo: 565-590 µm
- Verde: 510-565 µm
- Azul: 480-510 µm
- Anil: 450-480 µm
- Violeta: 380-440
Sistema RYB
RYB (Red, Yellow, Blue) é o modelo utilizado em artes plásticas, apesar de não ser mais considerado correto pela ciência moderna.
No entanto, para o estudo da teoria da cor, adotamos as definições usadas nas artes plásticas, já que trata da teoria da cor obtida pelo uso dos pigmentos(1).
Logo adiante, também veremos como as cores podem ser obtidas por outros meios, como na mistura eletrônica de cores
(RGB - monitor do computador) e pelo processo CMYK (usado nas impressoras gráficas).
(1) As tintas usadas nas artes plásticas, como óleo e acrílico, são formadas por pigmento e veículo.
Pigmento, em geral, é um pó de origem inorgânica ou sintética, utilizado na produção das tintas, e que determina se a cor será vermelha, azul, etc.
Inicialmente, podemos classificar as cores em dois grandes grupos:
Acromáticas
São as cores sem cor (por incrível que pareça, é isso mesmo). Pertencem a esse grupo o preto e todos os tons de cinza
que podemos obter acrescentando branco ao preto.
Cromáticas - Cores Primárias
Todas as outras cores, que podem ser classificadas em Cores Primárias e Cores Secundárias.
As cores primárias são aquelas que não podem ser obtidas através da mistura de outras (cores puras).
São: amarelo, azul e vermelho:
Cromáticas - Cores Secundárias
Quando misturamos duas Cores Primárias, obtemos novas cores, chamadas de Cores Secundárias.
- amarelo + vermelho = laranja
- amarelo + azul = verde
- azul + vermelho = roxo
Círculo Cromático
É comum representarmos as cores dispostas em um círculo ao qual denominamos de Círculo Cromático. É um modo para melhor compreendermos como elas se misturam.
Observe, na figura, que entre duas primárias (bem no meio), temos uma secundária (obtida com a mistura das duas primárias).
Classificação das Cores
Cores Complementares
A ilustração mostra o alto contraste roxo/amarelo, devido à proximidade entre duas cores complementares.
Complementar é o que falta a algo para se obter o todo. Ao amarelo, para a totalidade (três primárias), faltam o azul e o vermelho,
cuja mistura gera o roxo. As cores complementares são sempre opostas no círculo cromático.
Cores Análogas
Também chamadas de cores similares, são aquelas que ficam adjacentes (próximas, encostadas) no círculo cromático,
como o verde e o azul. Observe a ilustração e a sinalização junto ao círculo.
Cores Frias
Lembram gelo, neve, transmitindo a sensação de frio. Vão do verde ao roxo-avermelhado e alguns tons de cinza.
Cores Quentes
O fogo, como num vulcão em chamas, usa este esquema de cores. Do vermelho ao amarelo-limão e alguns cinzas.
Cores Contrastantes
Imagine uma música muito calma (Enya, por exemplo) seguida de um trecho de funk. O choque entre os tons provoca uma vibração. Isso é contraste.
O mesmo ocorre com as cores e, se bem aplicado (o contraste), as vibrações visuais poderão ser harmoniosas e agradáveis à visão.
Outros Sistemas de Cores
As cores nas Impressões Gráficas e nos Telas de Computadores e Similares
No Photoshop, por exemplo, você não trabalha com pigmentos como nas belas-artes. De forma análoga (e mantendo-se as classificações acima),
as cores são formadas por outros dois métodos distintos, dependendo se focamos no resultado no monitor do computador, ou na indústria gráfica
(incluindo a impressora da sua casa).
Método Aditivo (RGB)
Tvs e monitores de computador geram as cores de modo diferente, através de luz emitida por fontes luminosas.
São 3 fontes de luz (imagine 3 lanternas), nas cores vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue) que, quando adicionadas, produzem as outras cores.
Por exemplo: a vermelha adicionada à verde, produz a luz amarela. Quando adicionamos os três fachos de luz (de modo que se superponham), o resultado é a luz branca.
Método Subtrativo (CMY)
Com o processo inverso, partindo da luz branca (que é composta do vermelho, do verde e do azul), subtraímos as cores, utilizando filtros.
- O filtro cian absorve a luz vermelha, de modo que passam a verde e a azul - que misturadas geram o cian.
- O filtro magenta absorve a luz verde, permitindo a passagem da vermelha e da azul - que misturadas geram o magenta.
- O filtro amarelo absorve a azul, deixando passar a vermelha e a verde - que misturadas geram o amarelo.
Enquanto no Método Aditivo consegue-se o branco, adicionando todas as cores primárias (Red-Green-Blue),
no Método Subtrativo, o branco é a ausência de cor (o papel).
O padrão na indústria gráfica é CMYK, como ilutrado na figura.
Ocorre que a mistura das três cores primárias (Cian-Magenta-Yellow) geram um preto marfim, e não uma cor preta perfeita.
Assim, foi acrescentado o Black (preto) e chamamos o método de CMYK.
Podemos criar um outro círculo cromático, baseado nas primárias RGB ou CMYK
(lembrando que o K, de blacK, é usado para corrigir o preto, pois as misturas CMY resultam num preto marfim).
Os resultados das misturas serão inesperados para os principiantes (a cor complementar do vermelho, no RGB, é o cian - que é a mistura do azul com o verde).
Não se preocupe: nos trabalhos de criação usaremos o círculo para pigmentos. Afinal, é como enxergamos o mundo real.
Os sistemas RGB e CMYK serão fundamentais para reproduzir na tela (RGB) ou na impressora (CMYK) as cores que desejarmos.